20 de março de 2015

Pesquisa do IBGE indica tendência de redução do emprego industrial



A Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salario (Pimes), divulgada hoje (20) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela queda de 0,1% na produção industrial de janeiro, comparada ao mês anterior. Mas, em relação a janeiro do ano passado o recuo foi mais acentuado, de 4,1%, e ao longo dos últimos 12 meses (fevereiro/2014 a janeiro/2015) a redução acumulada foi 3,4%.

A Pimes de janeiro mostra também que a folha de pagamentos da indústria recuou em todos os cenários. Teve queda de 0,5% em relação a dezembro, diminuiu 4,2% comparada a janeiro de 2014 e no acumulado de 12 meses recuou 1,8%.

De acordo com análise técnica da pesquisa, a conjuntura econômica atual – com ajuste fiscal, alta da taxa básica de juros e aumento de impostos – não há sinais de mudanças significativas, no curto prazo, na produção industrial nem no mercado de trabalho. Na opinião do gerente de Análise Estatística do IBGE, André Macedo, o comportamento do emprego foi “predominantemente negativo” no setor, em janeiro, diretamente ligado ao próprio desempenho da atividade industrial, na medida em que a produção também caminha em ritmo lento.

Segundo Macedo, “é preciso deixar claro que o IBGE não faz previsões, mas é claro que toda e qualquer medida que venha a onerar o setor industrial pode trazer reflexos para o mercado de trabalho na indústria. Agora, a gente não tem como prevê a intensidade deste reflexo. O que se observa com as informações disponíveis é uma predominância de resultados negativos, já observados há algum tempo no emprego, e que é acompanhado também pela queda na produção”, disse.

Ele ressaltou que a partir dos números de janeiro o IBGE não setoriza mais os dados relativos ao desemprego por estados e regiões, “o que não nos permite informar em quais estados ou regiões a queda na oferta de mão de obra se deu com mais intensidade”.

André Macedo disse que a queda da produção industrial foi generalizada, e se deu com mais intensidade nos setores de máquinas e equipamentos, aparelhos eletroeletrônicos, meios de transportes – aí inserida a indústria automobilística – produtos de metal, calçados e metalurgia. Setores que, segundo ele, têm influenciado, de forma mais intensa, o comportamento da indústria. Ele revelou que das 18 atividades investigadas 17 tiveram resultados negativos, com exceção do setor de produtos químicos, que manteve estabilidade.


fonte: Portal Az



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