21 de maio de 2015

Polícia exuma o corpo de Ruan Pedreira para ter certeza da autoria do crime


Polícia exuma o corpo de Ruan Pedreira para ter certeza da autoria do crime


A Polícia exumou o corpo do estudante Ruan Pedreira, de 22 anos, morto por um tiro de bala perdida durante a comemoração de um jogo da seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2014. A exumação foi feita na manhã desta quinta-feira (21), a aproximadamente 11 meses após a morte do estudante, que faleceu no dia 1º de julho de 2014, após passar três dias internado. Ele foi baleado quando comemorava a vitória da seleção em uma bar na avenida Maranhão, zona Sul de Teresina, no dia 28 de junho do ano passado.
Caixão está fora da cova a espera do retorno do corpo que foi exumado e encaminhado a perícia criminal.
Durante a exumação, o corpo do estudante foi retirado da sepultura no Cemitério São José, na zona Norte da capital. O procedimento foi acompanhado pela Polícia Civil, a imprensa, familiares da vítima e o advogado da família.
O advogado Josélio Oliveira tentou impedir a autorização judicial que permitiu a Polícia Civil realizar o procedimento, para ele não há necessidade da exumação. “A Polícia já sabe a autoria, tem provas contundentes e está convicta da responsabilidade do acusado. Esse exame só seria para tirar uma pequena dúvida”, destacou.
A decisão de exumar o corpo da vítima partiu da Polícia, que queria anexar o exame cadavérico feito pelo Instituto de Medicina Legal e Perícia Criminal ao inquérito. Na época do crime, a família decidiu doar os órgãos do estudante e, por isso, o exame cadavérico acabou sendo feito pelo hospital, onde ele estava internado até ser constatado a sua morte.
Apesar do principal suspeito já ter sido identificado, o depoimento de uma testemunha gerou dúvidas sobre o caso. Na ocasião, essa testemunha teria dito à polícia que além do principal suspeito, outra pessoa também teria disparados tiros na noite do crime.
O delegado Danúbio Dias esclareceu que a exumação e a realização de exames no corpo serão essências para identificar ou excluir calibre de armas. “Sabemos que o suspeito estava com uma pistola calibre 380, mais através do exame feito pelo Instituto de Criminalística, será possível observar, através dos fragmentos da bala no corpo, qual o calibre que pode ter atingido a vítima. Através desses fragmentos e de uma perícia técnica, será possível confirmar ou excluir que tipo de arma foi utilizada, fazendo assim, a conexão com arma utilizada com o suspeito”, explicou.
Segundo o perito Igor Calegari, o corpo do estudante deverá passar por um equipamento chamado scanner de corpo, que foi adquirido recentemente pela Polícia Civil do Piauí, onde através do exame poderão ser sanadas as dúvidas sobre o crime. A perícia tem o prazo de 10 dias para concluir os resultados dos laudos. O corpo do estudante deverá ser encaminhado ainda nesta quinta-feira (21) de volta ao cemitério.
A exumação foi acompanhada pela prima do estudante, a jovem Jaqueline Pedreira. “Se é para ajudar na investigação decidimos aceitar. Vamos ver no que vai dar, afinal este crime precisar ser solucionado e o acusado preso. Por mais que o acusado não tivesse a intenção de atirar contra ele, o suspeito precisa ser punido, mas mesmo sabendo quem é o autor do crime, ele ainda continua solto’’, reclama a familiar.
Fonte: CIDADE NA NET


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