9 de julho de 2015

50 ANOS DE VIDA ETERNA DE QUINCO GOMES



A FAMÍLIA DE QUINCO GOMES CONTA SUA  BIOGRÁFICA APÓS 50 ANOS DE FALECIMENTO.


MENSAGEM DE 50 ANOS DE MORTE DE JOAQUIM GOMES SOBRINHO

               Nesse dia de hoje, uma palavra fala mais forte que as outras: SAUDADE. Quem é que não tem saudade de quem já se foi, que deixou a sua marca, seu brilho em nossas vidas¿
               Joaquim Gomes Sobrinho, nasceu em 09 de julho de 1896 na casa de seus avós materno: Coronel Norberto Gomes e Raimunda Guedes Alconforado, na Fazenda Nova, Riachão, hoje Monsenhor Hipólito-PI. Filho de Antonio Benedito de Sousa e Josefa Maria de Sousa. Eram 03 irmãos: Joaquim Gomes Sobrinho, Manoel Gomes Sobrinho e Francisco Gomes da Silva.
              Em 1905, perdeu seu pai, quando contava apenas 09 anos de idade. Daí então, o destino encarregou-se de guiar a sua vida. Mudou-se juntamente com sua mãe e seus irmãos para a casa de seu avô Norberto Gomes, onde permaneceu até os 14 anos. Em 1910, um desentendimento familiar levou o jovem de 14 anos a tomar uma difícil decisão em sua vida, deixar a companhia de sua querida mãe e de seus dois irmãos e seguir um novo caminho ainda desconhecido. Foi morar nos Inhamuns-CE, na casa de seu tio e padrinho, Capitão Epaminondas Gomes da Silva que juntamente com sua esposa Mariinha, que também era sua tia, acolheram-o em seu novo lar.
              O seu caráter e determinação nos trabalhos da fazenda, logo despertou admiração de outros criadores de gado da região, mas novamente, a dor atravessa o seu caminho ao receber a notícia da morte de sua mãe, em 1912. Com apenas 16 anos, sem seus pais, longe de seus irmãos, morando na casa de seus padrinhos, crescia a vontade e a responsabilidade desse jovem de conseguir o seu próprio espaço. E foi a luta. Logo o reconhecimento do seu dedicado trabalho de vaqueiro chegou a outros lugares, e por intermédio de João Elpídio de Sousa, eis vaqueiro da Fazenda Barra em Socorro-Pi, recebeu o convite do fazendeiro José Ribeiro Filho, para trabalhar como vaqueiro em sua fazenda. Não pensou duas vezes e regressou do Ceará para a fazenda Barra no Piauí. Aqui chegou, em 24 de junho de 1916, acompanhado de seus amigos Doca Vicente (Tio Doca) e Biliro Espídio Ribeiro (tio Biliro), exatamente na festa de São João, onde acontecia o noivado de Josefa Maria de Sousa, a filha mais velha de seu futuro patrão, que acertava nesse dia o casamento da filha, com o primo Norberto Ângelo Pereira.
             O destino reserva momentos muitas vezes surpreendentes, para um jovem recém-chegado. Começa então, seu novo trabalho de vaqueiro. Jovem esperto, no vigor de seus 20 anos, cuidadoso com suas lutas diárias com o gado. Era correto, esperto e corajoso, em poucos meses ganhou a confiança do patrão.
             A convivência na fazenda, o entrosamento com as pessoas que ali trabalhavam, o respeito que tinha com todos, permitiu que em menos de seis meses conquistasse a amizade de Josefa que com a ajuda de eis escravos da fazenda, trocavam bilhetes e marcavam encontros. O medo da descoberta do namoro e o receio de que apressassem o casamento com Norberto fez com que os jovens planejassem a fuga e numa noite enluarada do mês de março de 1917, Quinco Gomes, o vaqueiro, raptasse a filha do patrão e levasse para a localidade Piranhas, hoje município de Alagoinha do Piauí, a 40km de distância da fazenda Barra, para a casa de seu tio Major Gomes, que logo comunicou aos pais da moça e providenciou o casamento na localidade Riachão, no início de abril de 1917.
              Casados, voltaram para a fazenda Barra, não mais como vaqueiro, mas como o primeiro genro do casal José Ribeiro e dona Mariazinha, que não aprovara nada aquele casamento. Ficaram na Casa Grande, até o nascimento de seu primeiro filho Zezinho, em 06 de fevereiro de 1918, e também, o primeiro neto de José Ribeiro. Do trabalho como vaqueiro, nos Inhamuns e na fazenda Barra, não recebia o pagamento em dinheiro, tirava era sorte. De 04 bezerros que nasciam, ele recebia 01, dessas economias conseguiu comprar a posse de terras na data Barra e construir sua casa e em abril de 1918, mudou-se definitivamente para sua residência, a Boa Vista dos Gomes. Havia prometido a si mesmo, que trabalharia com o propósito de um dia trazer seus dois irmãos para morar com ele, e assim o fez. Ao mudar-se para a Boa Vista, foi ao Riachão e trouxe seus irmãos.
               Aqui na Boa Vista, constituiu sua primeira família, formada por Zezinho, Antonio, Edson e Constâncio e acolheu seus irmãos, Manoel e Francisco. Trabalharam muito e foram felizes. O filho mais novo Constâncio, foi batizado na casa de seu avô em 1923, exatamente no dia do casamento do seu tio Manoel com sua tia Josina. Ao casar-se, Manoel e Josina foram morar no Riacho da Vaca. Francisco casou-se com sua prima Darica e foi morar nos Inhamuns-Ce.
               O casamento de Quinco Gomes com Josefa, durou apenas 07 anos, em 13 de fevereiro de 1925, Josefa sofre uma parada cardíaca e morre, deixando seus 04 filhos órfãos de mãe, Zezinho com 07 anos, Antonio com 05 anos, Edson com 03 anos e o caçula Constâncio, com apenas um ano. A vida de Quinco Gomes fica difícil, com 04 filhos pequenos, mas não podia fraquejar, era preciso continuar a caminhada, pois estava apenas com 27 anos de idade,era muito jovem, as difilculdades eram grandes, as noites tornavam-se longas. Precisava de alguém ao seu lado para continuar sua vida.
              Um ano se passou, a vida tumultuada de tantas lidas sozinho, fez com que Quinco Gomes tomasse uma decisão firme e acertada, e em outubro de 1926, casou-se com Maria Santa, irmã de sua primeira esposa. O casamento foi com total aprovação dos pais e familiares de Maria Santa. A sua vida volta a normalidade, o cuidado com os filhos, o carinho com sua nova esposa, a satisfação de seus sogros, que muito contribuíram para que esse casamento acontecesse. Em 06 de setembro de 1927, nasce Bertinho, seu primeiro filho com Maria Santa e em 1931, nasce a primeira filha mulher, que recebeu o nome de sua vó, Josefa e que fez o casal muito feliz.
               Nessa época, já interessado na política e bem entrozado com os parentes e alguns amigos que residiam em Socorro, começou a participar das reuniões que discutiam sobre a emancipação política do município. Era esperto e inteligente, tinha decisões firmes e já começava a despertar para o mundo da política.
               Em 1935, participa ativamente das decisões políticas de criação do município de Fronteiras, em 09 de junho de 1935 e foi nomeado o primeiro prefeito da cidade o sr. Antonio Francisco Pereira. Em abril de 1936, através do voto popular, Quinco Gomes foi eleito vereador, compondo a primeira Câmara Municipal de Vereadores de Fronteiras, exercendo o cargo de secretário da câmara.
              Morando na Boa Vista, cuidando da família, dos animais e da política, viajava muito, pois era comerciante de tecido, mas, levava uma vida tranquila, embora, com muitas atividades. Em outubro de 1936, nasce Manoel, o nosso Nelson, o terceiro filho do segundo casamento de Quinco Gomes e por determinação de Deus, ou por falta de um socorro médico, pois na época era muito difícil, Maria Santa não resiste e morre de hemorragia na hora do parto. Mas um golpe fatal na vida de Quinco Gomes, dor, sofrimento, tristeza, desolação, mas três crianças órfãs de mãe, o mais novo com poucas horas de nascido. Agora, eram 07 filhos sem mãe. Viveu apenas 10 anos com Maria Santa.
               Outra vez o destino muda completamente a sua vida, outro recomeço... Deus lhe ensinou muitos caminhos e nestes caminhos, a palavra desistir jamais fez parte da sua caminhada, e seguiu. De início, a vó Mariazinha, ajudou cuidar das crianças, mas Dasneve, moça que morava na Boa Vista, trazida pela primeira esposa Josefa, continuou na casa, cuidando das crianças.
               Como sua família, morava no Riachão, Quinco Gomes visitava-os com frequência, e nessas viagens se encantou por Rosa, filha de sua prima legítima, Joaquina Cecília e Sr. Nezeiro. De início, sua prima não queria o casamento. Viúvo com 07 filhos, o mais velho quase com a mesma idade de Rosa, era muita responsabilidade para sua filha, com apenas 20 anos. Mas o amor e o destino acabou unindo Quinco e Rosa e no dia 12 de outubro de 1937, casaram-se em uma missa no Riachão. Apartir daí, começa uma vida de muita luta, muito trabalho, muito companheirismo, cumplicidade e respeito.
              Ao chegar na Boa Vista, Rosa assumiu o esposo, os filhos e a responsabilidade de cuidar de tudo e de todos. Não foi fácil, mas com o apoio de seu esposo e o respeito de seus enteados, ignorou os contras e conquistou seu espaço. Nessa época, Quinco Gomes já era político, estava no mandato de vereador, e também, viajava muito, passava de 30 dias fora de casa, pois era boiadeiro, comprava boiadas e vendia nos Inhamuns-CE. Em 07 de janeiro de 1938, nasce Valdir, filho de Dasneve, que Rosa, assume a maternidade e cria como filho.
              Em 28 de agosto de 1938, nasce em Monsenhor Hipólito, seu primeiro filho com Rosa, o Hermes, o primeiro neto de Sr. Nezeiro e Joaquina Cecília. Com Rosa, Quinco Gomes viveu 27 anos e tiveram 11 filhos: Hermes, Macêda, Fábia, Osvaldina, João, Larry, Beta, Rosa, Beatriz, Vicente e Jôse, todos saudáveis e cheios de vida.
              A vida de Quinco Gomes segue seu rítmo, mas em julho de 1939, veio a notícia que seu irmão Francisco estava doente, foi ao seu encontro, mas infelismente ele não suportou a críse de apenicite e faleceu. A dor tomou conta de seu coração, um jovem com apenas 38 anos, deixando sua prima viúva, com 10 filhos pequenos e grávida do décimo primeiro. Quanta tristeza... Por muitas vezes, Rosa presenciou Quinco chorando. Mas uma responsabilidade para Quinco Gomes, que passou a visitar com mais frequência a família de seu irmão, dar assistência, inclusive financeira.
             Em 08 de setembro de 1941, seu filho Antonio Gomes Sobrinho resolve casar-se com Osvaldina Gomes de Sousa e em 09 de agosto de 1942, nasce Eroíte Gomes de Sousa, o primeiro neto de Quinco Gomes, que por uma fatalidade, vem a falecer no dia 21 de dezembro de 1957, aos 15 anos.
             Quinco Gomes, sempre foi uma pessoa determinada e prática nas suas decisões, cavalgava no seu burro todo o município de Fronteiras, que antes englobava, São Julião, Alegrete e Caldeirão Grande, resolvendo questões, muitas vezes de terras e selando a paz entre os amigos que o procuravam. Era um verdadeiro juiz de paz. Em casa, Rosa já contava com a ajuda de Zefa e Fábia, que foram braços fortes nas lidas da casa, pois os primeiros filhos de Quinco todos lavravam e criavam gado e bodes, e Rosa com crianças pequenas, precisava madrugar para dar conta dos serviços.
             Muito religioso e devoto de Santa Ana, não perdia uma festa da padroeira, em sua terra natal, Monsenhor Hipólito, casou-se as três vezes no religioso, na igreja de Santa Ana. Também, não perdia os festejos de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e Nossa Senhora de Fátima em Fronteiras e de Nossa Senhora da Conceição em São Julião, o respeito era tanto, que usava terno para assistir as missas. Era costume de Quinco Gomes, rezar ao deitar e ao levantar-se e também, após as refeições.

              Sempre trabalhando na política, conversando com os amigos, resolve então, no ano de 1951, candidatar-se a vice-prefeito, nesta época o voto não era vinculado e Quinco Gomes, consegue eleger-se vice-prefeito, somando mais votos do que o candidato a prefeito eleitoo Sr. José Aquiles de Sousa. Muito carismático e decidido e contando com o apoio dos correligionários, em 1954, cria o PSP e lança-se candidato a prefeito de Fronteiras, tendo como vice o Sr. Álvaro Antão de Carvalho, que residia na localidade Canto Alegre, para enfrentar o forte candidato Antonio Francisco Pereira. Foi uma campanha dura, muito trabalho, muitos comícios, mas Quinco Gomes perde a eleição com uma diferença de 21 votos, após uma apuração fraudulenta que demorou cerca de 45 dias.
              Quinco Gomes, perdeu a eleição, mas não perdeu a coragem e a vontade de vencer, e de imediato, com o apoio dos amigos e da população, lançou-se novamente candidato, para as eleições de 1958, desta vez, tendo como vice, o seu amigo Antonio Elpídio Ramos, que residia em Alegrete, para juntos disputarem a eleição com José Aquiles de Sousa. Foi uma campanha difícil, trabalharam muito, percorreram o município várias vezes, realizaram grandes comícios em várias localidades, e contou também, com o apoio de seu amigo particular Dr. Helvídio Nunes de Barros, que nesta época pleiteava uma vaga na Assembléia Legislativa do Piauí. Desta vez, acompanharam as apurações de perto e no dia 05 de novembro de 1958, foi eleito prefeito de Fronteiras-PI, com uma maioria de 297 votos. Seu amigo Helvídio Nunes, também é eleito deputado estadual.
             Dizem que por trás de um grande homem, existe sempre uma grande mulher. Esta frase foi comprovada, na pessoa de Rosa Gomes. Durante as campanhas, Quinco tinha o apoio incondicional de sua esposa, que participava de todas as decisões. Pessoa determinada e agradável, que recebia todos com simpatia e cuidava de tudo, inclusive da comissão que preparavam o almoço para todos os eleitores que iam votar.
             No dia 22 de janeiro de 1959, nasce seu filho Vicente Carvalho Gomes e no dia primeiro de fevereiro de 1959, Quinco Gomes é empossado Prefeito de Fronteiras-PI.
             Durante seu mandato de prefeito, Quinco Gomes tentou fazer o melhor, embora, naquela época os recursos fossem escassos. Mesmo assim, conseguiu alguns benefícios para o município, como o calçamento das principais ruas da cidade, colocar um novo e potente motor de luz melhorando a iluminação pública, construir 02 barragens, uma no Salgado e outra em Salinas, perfurar 02 poços artesianos, um no Alegrete e outro em Pocins, cavar barreiros em várias localidades, arrumar alguns empregos estaduais e federais, incentivar a educação nos interiores contratando professores e colocando para lecionarem em residências, pois não havia grupos escolares na zona rural e emancipar o município de São Julião, no dia 18 de dezembro de 1960, nomeando seu filho Constâncio Gomes como prefeito do novo município.
           Nesse período, foram várias as viagens para a capital do Estado, Teresina. Sempre que marcava uma audiência com o governador Chagas Rodrigues ou com os deputados Milton Brandão, federal e Helvídio Nunes, estadual seu fllho, Constâancio Gomes, que também era  prefeito o acompanhava e participava das reuniões. Foram 04 anos de muito trabalho, muitos compromissos, seu filho Edson Gomes lhe ajudou bastante, era como se fosse o Secretário de Administração, administrava todas as obras. Nelson,  também, dava sua contribuição. Hermes, Macêda, Valdir e João, juntamente com sua mãe Rosa Gomes, tomavam conta da Boa Vista, c  uidando do gado, das plantações e vaquejando as criações para poder Quinco Gomes, cumprir seus compromissos com mais tranquilidade. Os outros filhos do terceiro casamento com Rosa, ainda não participavam das  atividades, pois eram menor de idade, apenas estudavam.
          Ao  sair da prefeitura, em 1963, Quinco Gomes dedicou-se mais a família e aos trabalhos, sem deixar a sua participação na política, era muito influente. No final de maio de 1965, contraiu uma febre na sua propriedade Madalta, hoje município de Alegrete, local onde levava o gado para amansar. O caso agravou-se e por muitos dias ficou internado em Campos Sales-CE, recebendo os cuidados médicos do Dr. Cícero, conseguiu melhorar e receber alta, mas chegando em casa, teve uma recaída e perdeu os movimentos das pernas. Foi então, transferido para Picos, ficando hospedado no Grande Hotel, recebendo o atendimento médico do Dr. Zé Nunes e de um enfermeiro, que o acompanhava. Não havendo mais recursos, retornou para sua residência, aqui na Boa Vista, no dia 02 de julho, e no dia 05 de julho de 1965, por volta das 10 horas, há exatamente, 50 anos, Quinco Gomes vem a falecer. Nesse momento, Quinco Gomes saiu da vida e entrou para a história.
            Hoje, celebramos silenciosamente o dia do seu encontro definitivo com o Pai. O amor que sentimos pelo senhor resiste a tudo, resiste ao tempo e à saudade. E é em nome desse amor e da sua memória que nós procuramos viver este dia com serenidade e com paz. Buscamos lhe transmitir nosso amor através de orações e receber a sua luz.
             Que o senhor, meu pai, esteja em paz ao lado de Deus! Amém.


Escrita por sua filha Josefina Carvalho Gomes



























































As fotos foram cedidas por seu neto Vlademir Gomes.


                       Certa vez um poeta disse: “Que os nossos sonhos sejam fortes, tão fortes, que nos retardem a morte”. Pois o sonho foi vivido por Quinco Gomes. O sonho de uma vida repleta de amor e esperança. Que venceu as dificuldades de uma jornada que segue. Segue no sorriso de uma doce lembrança. Nas histórias daqueles que acompanharam a vida desse ilustre filho da cidade de Monsenhor Hipólito-PI, naturalizado filho de Fronteiras-PI. Na vida que brilhou nos olhos de suas esposas, e brilha nos olhos de seus filhos, netos, familiares e amigos. Esse filho ilustre, pai ilustre, avô ilustre e marido ilustre, partiu para ocupar um lugar maior. Para deixar o céu mais feliz e sim, cheio de vida.
                       Joaquim Gomes Sobrinho, nasceu em 09 de julho de 1896 na cidade de Monsenhor Hipólito-PI. Filho de Antônio Benedito de Sousa e Josefa Maria de Sousa, veio com a missão de levar vida e alegria para aqueles que passariam por sua vida. Missão cumprida.Tinha 02 irmãos: Manoel Gomes Sobrinho e Francisco Gomes da Silva. Casou-se com sua primeira esposa Josefa Maria de Sousa, em 1917, gerou quatro filhos: Zezinho, Antônio,Edson e Constâncio. Em 1926, casou-se pela segunda vez, com Maria de Sousa Santos e gerou três filhos: Berto, Zefa e Nelson. Do terceiro casamento, com Rosa Gomes de Carvalho, em 1937, gerou doze filhos: Valdir, Hermes, Maceda, Fábia, Osvaldina, João, Larry, Beta, Rosa, Beatriz, Vicente e Josefina.
                       Foi um pai presente, trabalhador, não nos orientou somente com base nas próprias experiências, mas demonstrou que em cada experiência existe uma lição a ser aprendida. Crente em Deus, alegre quando devia ser, consciente do seu dever para com a família, sertanejo, piauiense, fronteirense de coração e amigo de todos.
                      Chegou a Fronteiras, aos 20 anos, e aqui ficou 48 anos, pois faleceu aos 68. Mas durante esses 48 anos, trabalhou muito. Foi vaqueiro, agropecuarísta e comerciante. Viajou muito, percorreu municípios e estados vizinhos e conseguiu destaque na política. Em 1935, aos 40 anos, participou da emancipação do município de Fronteiras-PI, e em 1936, foi eleito vereador da primeira câmara municipal. Seguiu adiante, e em 1951, foi eleito vice-prefeito, contando mais votos do que o prefeito eleito, visto que, na época, o voto não era vinculado, e aos 62 anos, em 1958, tornou-se prefeito de Fronteiras-PI, também, pelo voto direto.
                     Foi um homem corajoso e determinado, enfrentou as dificuldades da vida com bravura, construiu família, conquistou amigos, fez história e entrou para a história... E hoje, a exatamente 50 anos do seu encontro definitivo com o  pai, percebemos que havia algo mais valioso do que o trabalho e a política. E essa riqueza está presente hoje no coração daqueles que o amam. Lembremos que uma vida é apenas um momento durante a eternidade.                                    
                    Nesse meio século, a família de Quinco Gomes cresceu. E hoje, contamos 19 filhos, 76 netos, 94 bisnetos, 61 trinetos e 06 tetranetos, num total de 231 membros. Alguns já se foram, que Deus os tenha. Contamos ainda, com os amigos. Hoje, 05 de julho de 2015, a Boa Vista de Quinco Gomes, recebe seus familiares e amigos para rezar uma prece...
     
                                                                                    Fronteiras, 20 de junho de 2015
                                                                                         Josefina Carvalho Gomes

O Blog Lagoa do Rato agradece à toda família pela oportunidade de publicar essa bela história.




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