6 de dezembro de 2016

Fronteirense é agredido covardemente por seguranças em carnaval fora de época em Natal - RN

Em uma mensagem deixada pelo Dr. Emanuel Rocha, neto do saudoso Sr. Osmar Sousa,o mesmo relata em seu facebook agressões sofridas por seguranças.



Confira:


Não queria ter que compartilhar isso, mas considero necessário dar publicidade aos seguintes fatos:

No Sábado, (03/12/2016), por volta das 23hs, fui covardemente agredido por, ao menos, quatro seguranças contratados pela Destaque Produções para, ironicamente, cuidarem da integridade física dos foliões do Carnatal. Eu estava no Bloco Ôbaiuno, puxado por Saulo Fernandes, quando um início de confusão se iniciou ao meu lado e fui surpreendido por um soco no rosto, dado por um dos seguranças que estava próximo do ocorrido. Minha única reação no momento foi me esquivar da agressão, tentando barrá-lo com as mãos, quando pelo menos outros três seguranças se voltaram contra mim e começaram a desferir muitos socos, a maioria deles no rosto. Um deles teve a hombridade de não me deixar cair no chão, e me levou ao bar mais próximo para colocar gelo nos hematomas.
Você pode se perguntar:
“Mas você não fez nada?” NÃO, não fiz.
“Mas você não reagiu?” Também NÃO.

Ainda que tivesse dado causa a uma ocorrência, ainda que tivesse reagido à agressão, NADA, mas NADA, justifica o covarde espancamento ao qual fui submetido. Covarde pois, naquele instante, me vi sozinho, de óculos, sendo espancado por muitos homens, brutais, diga-se.


Agradeço a Deus que, de todas as possibilidades, aconteceu aquela que me deixou com menos sequelas, não tive fraturas, as lentes dos óculos não se quebraram, enfim, o pior não aconteceu.

Preciso registrar que, nos meus 29 anos, sou conhecido pelo modo pacífico e cordial no trato, nunca me envolvi em qualquer briga, qualquer que fosse, não tenho nenhum registro policial e nenhum antecedente criminal, sequer fui autor de qualquer ação civil. Sempre pautei minha vida com boa conduta, respeitando todas as pessoas, independente de cor, credo, classe social, orientação sexual, preferência política.

Dessa vez, não irei deixar impune. Ontem, domingo, registrei Boletim de Ocorrência na Delegacia de Plantão da Zona Sul. Hoje me submeti ao exame de corpo de delito no Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep).

Para minha surpresa, outras quatro pessoas estavam realizando o mesmo exame, em casos de agressão muito parecidos ao meu.

Ali decidimos dar publicidade ao ocorrido, para que a população tenha consciência da violência que os foliões foram submetidos pela própria empresa promotora do evento. E para que você, possível leitor, pense duas vezes antes de ir ao próximo Carnatal (fora os inúmeros casos de furtos ocorridos dentro dos blocos). Eu e as outras vítimas gravamos entrevistas a alguns canais de televisão e fizemos declarações aos jornais impressos (portais de internet) de grande circulação no Estado. Um dos cinegrafistas relatou que os seguranças foram hostis com a imprensa e que chegou a filmar o momento em que uma pessoa, sozinha, foi agredida por OITO seguranças.

Estou com o rosto desfigurado, mas o que mais dói agora é o psicológico. Ter que carregar na cara as marcas de um brutal espancamento nos lugares que necessito frequentar, ter que justificar para os familiares, amigos e colegas as pessoas do trabalho que você foi vítima, que você não deu causa, são as piores coisas que preciso enfrentar. As marcas no rosto cicatrizarão, mas quando ficarei curado das marcas da alma?

Peço, encarecidamente, que COMPARTILHEM esse post como medida de justiça!
Se você conhece alguém que tenha passado algo parecido no Carnatal, peço a gentileza de falar comigo inbox.

Sou grato pelos minutos de atenção àqueles que se dispuseram a ler esse texto.

PS: Permaneço crente nos melhores sentimentos ainda cultivados pelos homens.







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