31 de outubro de 2017

Rocílio Rocha; o poeta das imagens


Começou a desenhar escudos dos times de futebol no meado da década de 80, nos fundos da oficina do Conrado, na rua Marechal Castelo Branco, no centro da cidade de São Julião-PI. Suas traquinagens artísticas ganhavam corpo com os companheiros da Turma da Graxa, que lembra com saudade de todos eles: Zé do Conrado, Furtunato Carvalho (In memoriam) e Erivan da Beliza. Todos eram fascinados pelos desenhos animados que animavam as divertidas manhãs nos idos de 1985, na televisão. “Reuníamos-nos para assistir os desenhos e, depois, éramos desafiados a reproduzir as imagens usando grafite e lápis de cor”. Foi assim que teve início a caminhada artística do professor de Educação Física, desenhista, pintor e fotógrafo, Rocílio Ribeiro Rocha, 44 anos, esposo da professora Anizete Rocha e pai carinhoso das adolescentes, Maria Rosa e Alícia Cristal.
RAMBO E O ROSTO DOS CANDIDATOS
Em 1988, ano de eleição municipal, a atenção da turma da criatividade voltou-se para os rostos dos candidatos a prefeito e vereadores. “Começamos a reproduzir as fotos dos candidatos que disputavam aquela eleição. Olhávamos para os cartazes de divulgação da campanha e éramos desafiados a reproduzir da forma mais fiel possível. Assim como aconteceu com as figuras dos herois dos desenhos animados (Rambo, He-Man, Thundercats), pregávamos, também, na parede da oficina, os rostos dos candidatos. Era uma espécie de comitê suprapartidário. Tinha desenho de todos os partidos”, comenta com um sorriso no rosto e com um ar saudosista.
O PINTOR DE TELA

Já havia desenvolvido a técnica de pintar em tela quando, em 2005, surgiu a oportunidade de aprimoramento através de um curso específico. “Tudo que vejo, de imediato, já imagino o que utilizar para produzir a imagem. Qual seria as melhores cores, sombra e luz. É um desafio do olhar”.
A PAIXÃO PELA FOTOGRAFIA


O gosto e a curiosidade do olhar é uma manifestação intrínseca a personalidade de Rocílio Ribeiro Rocha. No entanto, foi no ano de 2007 que o desejo de fotografar os aspectos comuns da vida cotidiana e da natureza veio à epiderme. “Participei de um congresso em Vila Nova do Piauí, e lá, conheci a professora e fotógrafa piononense, Rosa Melo, que, na ocasião, fazia uma exposição de seu trabalho. Fiquei fascinado com o que vi. Eu já gostava de fotografar e com a obra que a Rosa me apresentou, senti-me, mais uma vez, desafiado e comecei a praticar com mais perspicácia. E, dentre as várias manifestações artísticas que desenvolvo, ela é a mais fascinante. Quando pego a máquina e saio em busca de imagens, o mundo se abre em cores”, afirma emocionado.


Quando perguntado sobre o porquê da preferência de registrar os aspectos naturais, respondeu dizendo que todas as fotos que pleiteia fazer é um quadro de diferentes emoções que se constrói. “Fotografar a natureza é perseguir um mundo invisível que se aloja cheio de beleza. A beleza que o olhar comum não alcança. Seria a materialização de um ambiente sensível. Fazer uma fotografia é tão emocionante que, às vezes, chego a ficar com as mãos trêmulas”.


E assim, esse pescador de ilusões segue na trilha da vida, captando fantasias e  congelando emoções, na busca de materializar o que há de mais sublime e sagrado na face da terra: a vida em movimento.
Aprecie sem moderação!


















Fonte: Prof. Francisco de Assis Sousa/tvverdescampossat.com



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