14 de junho de 2020

SANGUE TIPO "O" TEM MENOS CHANCES DE TESTAR POSITIVO PARA COVID-19, APONTA ESTUDO

Estudo realizado por laboratório de testes genéticos concluiu que as pessoas com o tipo de sangue O têm melhores defesas e mais raramente contraem o vírus


Fatores como idade e doenças preexistentes influenciam o contágio, mas a genética pode explicar por que algumas pessoas têm sintomas mais fortes do que outras

O tipo de sangue desempenha um papel importante na defesa ao novo coronavírus. A conclusão resulta dos resultados preliminares de uma investigação realizada pela empresa de testes genéticos 23andMe, em que os especialistas descobriram que diferenças num gene, o ABO, que influencia o tipo sanguíneo, podem afetar a suscetibilidade ao SARS-Cov-2.
Os resultados preliminares de um estudo iniciado em abril passado, conta o jornal El Mundo, sugerem que as pessoas que têm sangue tipo O estão mais protegidas contra o novo coronavírus .
Os cientistas da gigante da biotecnologia, com sede na Califórnia, realizaram 750.000 testes (e o estudo ainda decorre) para analisar os fatores genéticos e assim tentar determinar qual a razão que leva algumas pessoas que contraem o novo coronavírus a não apresentarem sintomas, enquanto outras ficam gravemente doentes.
De acordo com dados publicados pela 23andMe, pessoas com tipo sanguíneo O têm 9% a 18% menos hipóteses de ter resultados positivos a Covid-19 do que pessoas com outros tipos sanguíneos. Estes resultados mantêm-se quando ajustados por idade, sexo, índice de massa corporal e etnia.
Embora o estudo tenha constatado que o grupo sanguíneo O era protetor apenas entre tipos de sangue rh positivo, as diferenças no fator rh (tipo sanguíneo + ou -) não foram consideradas significativas nos dados recolhidos pela 23andMe. Também não foi visto como um elemento de suscetibilidade ou gravidade nos casos.
Entre os inquiridos para o estudo, a percentagem que registou um teste positivo à Covid-19 é menor entre as pessoas com o sangue tipo O. A percentagem que relatou um teste positivo aumentou entre quem tem tipo sanguíneo AB.
Os dados do tipo sanguíneo e os resultados genéticos preliminares também parecem apoiar uma variante do gene ABO associada a um menor risco. Pelo menos dois estudos publicados recentemente, um de investigadores da China e o mais recente de cientistas de Itália e Espanha, analisaram o papel do gene ABO na Covid-19 . O estudo da China analisou a suscetibilidade, enquanto o italiano e o espanhol encontraram uma associação entre o tipo sanguíneo e a gravidade da doença.
Este estudo analisou os genes de mais de 1.600 doentes em Itália e Espanha que sofreram insuficiência respiratória e constatou que ter sangue tipo A estava associado a um aumento de 50% na probabilidade de um paciente necessitar de um ventilador. Já o estudo na China deu resultados semelhantes em relação à suscetibilidade de uma pessoa ao Covid-19.

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Tipo sanguíneo pode determinar suscetibilidade ao coronavírus

 
DNA e coronavírus
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Fatores como idade e doenças preexistentes influenciam o contágio, mas a genética pode explicar por que algumas pessoas têm sintomas mais fortes do que outras

Em busca de desvendar o mistério sobre o porquê de algumas pessoas não apresentarem sintomas quando infectadas pelo coronavírus, a empresa de testes genéticos 23andMe descobriu que diferenças nos genes podem influenciar a suscetibilidade de uma pessoa à Covid-19.

O estudo começou com base em uma questão central: como que alguns infectados são assintomáticos, enquanto outros ficam gravemente doentes, podendo, inclusive, chegar à morte? Para encontrar a resposta, a empresa começou, em abril, uma pesquisa com os milhões de perfis em seu banco de dados de DNA.
Agora, com os resultados preliminares de mais de 750 mil participantes, o estudo sugere que o sangue tipo O é o menos suscetível ao coronavírus. Do total, 10 mil revelaram à 23andMe que estavam com a Covid-19.
E a 23andMe não é a única empresa a buscar respostas nos genomas humanos: a Ancestry, que opera uma rede de registros genealógicos, também está tentando entender o vírus por meio do DNA. Além disso, uma pesquisa analisou os genes de mais de 1.600 infectados na Itália e na Espanha que sofreram insuficiência respiratória. O resultado mostrou que o sangue tipo A estava associado a um aumento de 50% das chances de um paciente precisar da ajuda de um respirador.

Fonte: Diário de Notícias 

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