9 de setembro de 2020

FALECE O CANTOR, COMPOSITOR E POETA JURDAN GOMES

(Jurdan e Patativa do Assaré - Foto Arquivo Pessoal de Jurdan)

Neste sábado (05/09),o poeta Jurdan Gomes estava em sua residência na cidade de Belém do Piaui-PI quando sentiu-se mal e foi retirado para Teresina. Ao chegar na capital piauiense, o mesmo foi atendido e submetido a vários exames ficando para esta quarta-feira (09/09) o retorno ao médico, no entanto, esta manhã ao estar sentado, caiu e foi socorrido pelos familiares, porém infelizmente veio a falecer vítima de um infarto fulminante, deixando 7 filhos de 3 casamentos.

Antônio Gomes de Sousa (Jurdan) tinha 64 anos e iria completar 65 anos no dia 09/10/2020. O mesmo era cantor, compositor e poeta, nascido na cidade de Fronteiras-PI. Sua família veio da cidade de Saboeiro – CE.

Dono de uma obra preciosa, autor de vários livros de poesia e músicas, entre das quais podemos citar o Hino de Fronteiras-PI, sua terra natal.

O Médico Dr Sebastião Wagner, de Fronteiras, em entrevista ao Portal Lagoa do Rato lamentou profundamente a morte de Jurdan, pois era um fã e divulgador do seu trabalho, além de ser um detentor de quase todo sua obra poética e musical.

Jurdan foi prefeito da cidade de Belém Piauí por 2 mandatos. Nos últimos meses, ele dedicava seu tempo em escrever poesias e tinha o desejo de comandar o município de Belém do Piauí mais uma vez.

Nós que fazemos o Portal Lagoa do Rato deixamos aqui as nossas condolências a família do querido poeta Jurdan que nos deixou nesta fatídica manhã.


Obras.

Hino de Fronteiras

Autor: Antonio Gomes de Sousa (Jurdan)
BERÇO DA ESPERANÇA
I
Fronteiras berço do progresso
Entre muitas tu és varonil
Solo fértil e fecundador
Dando labor ao homem viril
II
Em junho o lábaro desfralda
Balançando cada coração
Ao alto, o símbolo impoluto
O mastro empinado iça teu Pendão
III
tuas árvores, secas e tristonhas
Mostram a evidência do teu sofrimento
Mas tu não baixas a cabeça
Vais de peito erguido com teu crescimento
IV
Na face tórrida do Rio Socorro
Está teu retrato, o teu padecer
De cada seca que tanto te castiga
Mais você não liga vive a crescer
V
No porvir será você robusta
teus filhos na luta te darão prazer
Torrão de pura exuberança
Nossa esperança é ver você crescer
VI
Minha terra, plácida sem jaça
Caminha com coragem, mostra teu primor
Fronteiras, meu lar meu coração
Meu meigo torrão, externa teu valor
VII
Barreiras com força te abraça
Benze tua raça Perpétuo Socorro
Dos idos a recordação
Retrata o Gavião a pedra lá do morro
VIII
Casa velha, relíquia de barro
Tu és alicerce, congratulação
Na luta de um roceiro sério
Manoel Valério foi germinação
IX
Marchando rumo ao apogeu
Vai o progresso sem fenecer
Fronteiras, meu lar meu coração
Meu meigo torrão, nós somos você.

Fronteiras(PI), 19 de agosto 1994


Gravado por Clediomar Sousa


Homenagem a sua irmã Maria Helena (Gravado Clediomar Sousa)

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