Boatos de uma “doença misteriosa” ganham espaço. Entre as especulações, estão a febre Chikungunya o Eritema Infeccioso.
Um falso alarme vem deixando os piauienses assustados. Boatos de uma “doença misteriosa” ganham espaço. Entre as especulações, estão a febre Chikungunya e uma outra doença conhecida como Eritema Infeccioso, a qual, segundo a médica infectologista da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Amparo Salmito, ainda não teria chegado ao Piauí apesar dos sintomas serem similares.
No entanto, a médica afirma que nenhum caso em Teresina foi confirmado como “eritema infeccioso”. “O que está acontecendo é que um paciente dá febre, dor cabeça e no outro dia aparece com vermelhidão. Como o número de casos de pessoas com sintomas é grande, especulou-se à possibilidade de haver outra doença, entre elas: sarampo, rubéola, eritema infeccioso. Mas, nenhuma dessas foi confirmada, ainda”, pontua a doutora.
Neste momento, segundo a infectologista, o que vem preocupando são os casos de dengue que acontecem todos os anos e a entrada do um vírus chamado Chikungunya no Brasil, que estava na América Central, entrou na América do Sul e através do Amapá chegou no Brasil.
“Esse vírus tem uma capacidade de infectar e de produzir doença com comprometimento das articulações, mas não é em todos os casos, assim como nem todos os casos de dengue são hemorrágicos”, explica Amparo Salmito.
De acordo com a médica, o Ministério da Saúde solicitou que a partir desta semana fosse feita uma coleta de sangue em todos os suspeitos. Os resultados serão enviados para um instituto em Belém a fim de identificar, realmente, se há outro vírus circulando.
O grande cuidado que a população deve ter é com o transmissor, de acordo com a infectologista. “Porque a gente não tem nem para a Chikungunya, nem para a dengue uma medicação, um tipo antibiótico, que seja. O que o paciente tem que fazer é se hidratar muito e não tomar medicações em casa antes de consultar um profissional”, conclui.
ERITEMA INFECCIOSO
É uma doença causada pelo vírus parvovírus B19. Ela afeta, principalmente, crianças e o principal sintoma são erupções vermelhas nos braços, pernas e rosto. A mesma pode ser grave em casos de gravidez ou pessoas com um sistema imunológico comprometido.
É uma doença causada pelo vírus parvovírus B19. Ela afeta, principalmente, crianças e o principal sintoma são erupções vermelhas nos braços, pernas e rosto. A mesma pode ser grave em casos de gravidez ou pessoas com um sistema imunológico comprometido.
A Eritema Infecciosa tem como sintoma a garganta inflamada; febre baixa; dor de estômago; dor de cabeça; fadiga e coceira. Após contrair o parvovírus uma vez, a pessoa se torna imune à doença.
Na maioria dos casos não é necessário qualquer tratamento para Eritema Infecioso. Se há dor nas articulações ou dor de cabeça, por exemplo, podem ser usados analgésicos conforme os sintomas aparecerem. Caso contrário, é necessário apenas esperar o corpo combater o vírus, o que normalmente leva de uma a três semanas.
Repouso e ingestão de líquidos são ações que facilitam o processo de cura. As crianças muitas vezes podem voltar para a escola quando as erupções cutâneas acontecem, pois já não são mais contagiosas nesse ponto.
Não há vacina para Eritema Infeccioso. Como é uma doença transmitida pelo ar e através de fluidos corporais, é Importante lavar suas mãos e as da criança com frequência pode ajudar a diminuir as chances de infecção. Além disso, é importante evitar o contato com crianças e adultos infectados pelo menos até que ocorram as erupções cutâneas.
SESAPI REALIZA INQUÉRITO EPIDEMIOLÓGICO SOBRE CASOS DE VIROSES
Por conta dos casos de viroses no Estado, cujos sintomas são desde febre, coceira, manchas avermelhadas pelo corpo, inchaço da face e articulações, conjuntivite, náuseas e vômitos, a Secretaria de Estado da Saúde (SESAPI) irá realizar um levantamento epidemiológico para identificar que tipo de virose tem acometido a população piauiense.
Por conta dos casos de viroses no Estado, cujos sintomas são desde febre, coceira, manchas avermelhadas pelo corpo, inchaço da face e articulações, conjuntivite, náuseas e vômitos, a Secretaria de Estado da Saúde (SESAPI) irá realizar um levantamento epidemiológico para identificar que tipo de virose tem acometido a população piauiense.
O diretor da Unidade de Vigilância e Atenção à Saúde (DUVAS), Herlon Guimarães, esclarece que o inquérito será realizado “sob a orientação do Ministério, sendo um estudo que deverá ser feito com a coleta de sangue para identificar três doenças primeiramente, dengue, sarampo e rubéola. Não sendo identificada nenhuma dessas doenças, utilizaremos a própria amostra, que será colhida numa quantidade suficiente, para que possam ser avaliadas ainda como parvovírus, arbovírus e febre chikungunya”.
O Piauí não registrou nenhum caso confirmado de febre Chikungunya. O Ministério da Saúde também vai realizar inquérito epidemiológico, voltado principalmente para três estados: Paraíba, Maranhão e Rio Grande do Norte.
Esta ação será coordenada pelo Governo do Piauí, por meio da Secretaria de Saúde, com o apoio da Fundação Municipal de Saúde de Teresina (FMS), Núcleos de Vigilância Hospitalar, LACEN e Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela.
Fonte: Piauí em Foco.