Depois
 de registradas, no município de Solidão, discrepâncias na distribuição 
do programa Bolsa Família, Luciana Alves Oliveira, Coordenadora Geral de
 Acompanhamento e Fiscalização do Bolsa Família, ligada ao MDA falou 
hoje direto de Brasília ao comunicador Anchieta Santos no Programa 
Cidade Alerta sobre o episódio. 
Ela destacou que o fato de ser servidor (a) não quer dizer necessariamente que não se enquadra nos critérios do programa. “Famílias
 com renda de até R$ 154 per capita podem se enquadrar. Há casos em que 
até mesmo funcionários públicos podem participar desde que o que recebem
 dividido pela quantidade de pessoas na família chegar até esse valor”. Mas a Coordenadora disse que de fato, no caso de Solidão, há discrepâncias. “A
 gente já tem dois daqueles benefícios cancelados anteriormente à 
denúncia através da averiguação cadastral, feita a cada ano”. 
Segundo
 a representante do Bolsa Família, a psicóloga Telma Maria Vicente de 
Melo, que recebeu só entre janeiro e setembro deste ano R$ 2.097 e é 
contratada pela Prefeitura Municipal e Maria Imaculada Godê de 
Vasconcelos Lopes, que recebeu do programa R$ 1.248,00, mesmo sendo 
Técnica em Enfermagem da Secretaria de Saúde. Para isso, há cruzamento 
de dados que identificam quem tem renda não declarada com amparo de 
indicativos como RAIS e INSS. A coordenadora informou ainda que nestes 
casos além dos outros citados na denúncia haverá processo 
administrativo. “Comprovada a ilegalidade, serão obrigadas a devolver o dinheiro corrigido”. 
Nos 
demais casos, foi aberto procedimento administrativo. Ela também 
comentou a defesa da psicóloga, que apresentou documento comprovando ter
 transferido o benefício para outra pessoa. “Esse não é procedimento 
adequado para o Bolsa Família. O município ou pessoa não pode escolher 
quem é a nova pessoa que vai receber”. Sobre a coordenação do programa e
 a Prefeitura de Solidão, Luciana informou que o município vai ser 
diligenciado para saber se houve anuência, consentimento da gestão para 
estes casos. Ou seja, vai se verificar se houve dolo da prefeitura na 
liberação dos benefícios irregulares. 
Sobre o
 relato de pessoas na região que conseguem receber por tanto tempo um 
benefício não se enquadrando nos critérios, como donos de mercado e 
familiares de vereadores em Solidão, com base em relatos feitos no 
programa Cidade Alerta de ontem, ela informou que a partir da denúncia é
 aberto procedimento para cada caso. Da mesma forma, o município pode 
ser fiscalizado. Ela voltou a informar que está a disposição para 
denúncias o 0800.707.2003. Não é necessário se identificar.
FONTE: SERTÃO EM DESTAQUE.