Os tremores estão associados ao processo de movimentação de placas tectônicas ou falhas em profundidade.
Novos tremores ocorreram em Teresina em consequência do terremoto de maior intensidade nesta terça-feira (03). De acordo com o geólogo Sidney Barros, após o tremor mais forte (que ocorreu às 9h43), foram detectados novos sete abalos sísmicos menores. Segundo o especialista, o fenômeno já era esperado.
De acordo com o Centro de Sismologia da USP, os novos tremores ocorreram entre 9h50 e 15h35 de ontem, horário local. O epicentro dos novos abalos sísmicos foi em Vargem Grande-MA.
“Tudo está dentro do previsto. Sempre temos um abalo mais forte, que foi o primeiro, seguido de abalos de intensidade menor, o que chamamos de réplica, e corresponde a acomodações do terreno em profundidade. Nestes casos, a percepção na superfície é muito mais difícil para as pessoas e nas coisas, naturalmente. Só conseguimos perceber através de aparelhos sensíveis que detectam essas réplicas. Ocorreram sete réplicas de ontem para hoje, mas com uma intensidade muito pequena, até não perceptível na própria região”, explica Sidney Barros.
O géologo explica que os tremores estão associados ao processo de movimentação de placas tectônicas ou falhas em profundidade.
“Os blocos vão se acomodando e recebendo uma quantidade de energia pela movimentação das placas e de falhas que liberam essa energia em profundidade. Quando chega à superfície, ela é refletida através da movimentação de sismos ou abalos que podem ser catastróficos ou não em função da intensidade de cada um dos sismos. Esse foi mais ou menos em média em torno de 4,6 e o início do sismo ocorreu a cerca de 15 km de profundidade”, explica Barros.
Fonte: Piauí em foco.