29 de novembro de 2018

MORRE CHICO ARRAIS - PAI DA FOTÓGRAFA ROSA MELO (ROSA DA CAATINGA)

Na madrugada desta quinta-feira (29/11) por volta das 12:00h, a família de Francisco de Alencar Maia (95), famoso "CHICO ARRAIS", recebeu a triste noticia do seu falecimento. Seu Chico estava em Crato - CE, pra onde foi levado de ambulância pela família para a realização de exames, após ter sofrido uma queda na madrugada desta quarta-feira (28).


Seu Chico foi acometido por uma embolia pulmonar em circunstância de uma fratura em consequência da  queda que sofreu.

Chico Arrais, como era carinhosamente chamado por familiares e populares foi comerciante por muitos anos em Pio IX. Em vida foi pai de 11 filhos, entre eles a professora e fotógrafa Rosilândia Melo (Rosa da Caatinga), teve 26 netos dos quais podemos citar o Jornalista e Odontólogo Rômulo Maia e o Vereador Diogo Maia e 26 bisnetos.

"Não é difícil falar de Chico Arrais, 95 anos de muita vitalidade e lições. Seu jeito sério de ser, ao mesmo tempo que remetia respeito, despertava admiração e arrancava grandes gargalhadas com o seu jeito todo particular de ser. E mesmo em meio à tristeza da partida nos trás momentos saudosos e inesquecíveis. Hoje foi assim que vi meus filhos lembrar de "Chico Arrais", narrando um único encontro, porém cheio de significados...que naquele momento tiveram o prazer que não tive: o de conhecê-lo, embora tenha sido sempre bem retratado quando meu amigo Rômulo(seu neto) me contava as travessuras daquele velhinho que transpirava vida...hoje o nosso coração se entristece com a perda dos amigos e a partida de alguém que tinha muito ainda a ensinar", relata Josesandra, amiga da família. 

Chico Arrais está sendo velado em sua residência, localizada na Rua Francisco Pereira Bezerra, 361 - Centro - Pio IX - PI. O corpo seguirá para a Igreja Matriz  Nossa Senhora do Patrocínio na manhã desta sexta-feira (30) por volta das 10:00h e em seguida seguirá para o cemitério local, onde será sepultado. 


Rômulo Maia comove à todos com nota em seu Instagram


"No instante em que homenageava um avô, o outro arrumou as malas e partiu. Publiquei o texto sobre um e, no momento seguinte, recebi a notícia do outro. Na data em que João nasceu, Chico morreu. Curti com vovô Chico tudo o que a correria dos dias permitiu. Nos tornamos bons amigos. Gostava de atualizar ele das novidades pra poder ouvir os comentários. Ora irônico, ora ferino, sempre rente com suas convicções. Não dobrava palavra pra agradar a presença de "Seu Ninguém". Queria, dizia; pensava, falava. Fez assim sua fama de "Lunga" - risco que correm os sinceros. Sem pudor, fucei todas as memórias do Véi Chico. Ele era incrivelmente detalhista com acontecimentos e péssimo com datas. Daí sua memória não ter linha do tempo. Um embaralhado de acontecimentos moldou um homem que, talvez, seja a personificação do próprio sertão: árido por fora e belo e fértil no seu interior. Ao voltar para casa após um exílio de 4 anos em Teresina, vovô viveu os 5 meses mais felizes da sua vida, não tenho dúvidas. Merecia. Sua jornada foi longa e pesada. Chegou ao fim... Um dia, nas nossas conversas, falamos sobre isso. Perguntei do que ele iria sentir saudade. Claro que das riquezas que construiu e desfrutou: "Do meu povo e das folhas verdes de inverno: é do que eu vou sentir saudade." Nunca vou esquecer. Vá descansar, Seu Chico. O senhor merece". Rômulo Maia








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