20 de maio de 2015

FRONTEIRAS É CITADA ENTRE OS 110 PONTOS DE EXPLORAÇÃO SEXUAL INFANTIL.


 Violência sexual é a quarta violação mais recorrente contra crianças e adolescentes denunciada no Disque Direitos Humanos do governo federal.


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Piauí possui 110 pontos para a exploração sexual infantil
A violência sexual é a quarta violação mais recorrente contra crianças e adolescentes denunciada no Disque Direitos Humanos do governo federal e é motivo de alerta também para quem fiscaliza as estradas brasileiras.
Nas rodovias federais que cortam o Piauí, a Polícia Rodoviária Federal (PRF-PI) registrou este ano três ocorrências contra crianças e adolescentes, sendo identificadas quatro vítimas. Em 2014, houve apenas uma ocorrência e uma vítima. Já em 2013 foram identificados quatro tipos de crimes e 16 vítimas.
Ontem, com o objetivo de combater esses casos e orientar todos os condutores, principalmente os caminhoneiros, que passaram pelo Posto 1 da PRF, na saída de Teresina para Altos (BR-343), os agentes da PRF-PI, em parceria com a Polícia Militar e o Conselho Tutelar de Teresina, realizaram a Operação Araceli.
De acordo com o Mapeamento de Pontos Vulneráveis à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes nas Rodovias Federais Brasileiras, o Piauí possui 110 pontos vulneráveis em 31 municípios. Desse total, 18 foram classificados como de risco alto ou nível crítico para a prostituição infantil. O número representa um crescimento de 120% em relação aos anos de 2011/2012.
As cidades localizadas nas divisas entre o Piauí e outros estados apresentaram altos índices de pontos vulneráveis, como por exemplo, Fronteiras (9), São João da Fronteira (4), Marcolândia (2). Campo Grande do Piauí, Oeiras e Parnaíba possuem cinco pontos cada uma.
Segundo o inspetor Stanley Kaynes, do núcleo de Comunicação Social da PRF, os pontos vulneráveis são ambientes ou estabelecimentos onde os agentes da Polícia Rodoviária Federal encontram características – presença de adultos se prostituindo, inexistência de iluminação, ausência de vigilância privada, locais costumeiros de parada de veículos e consumo de bebida alcoólica – que propiciam condições favoráveis à exploração sexual de crianças e adolescentes.
O Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes foi instituído com a aprovação da Lei Federal nº 9.970/2000. A data foi escolhida porque, em 18 de maio de 1973, em Vitória (ES), a menina Araceli, de 8 anos,  foi raptada, drogada, estuprada, morta e carbonizada.
“A diferença da Araceli de 1973 para as crianças de hoje é que elas têm os seus direitos garantidos e uma rede integrada de que age a favor delas ajudando na diminuição desses números lamentáveis”, afirma Djan Moreira, Conselheiro Tutelar.

Fonte: Diário do Povo




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